No último dia 12, menos de 24 horas após acatar pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de abertura de inquérito contra Aécio Neves por supostas irregularidades na estatal do setor elétrico Furnas, Gilmar suspendeu a realização de diligências, depoimentos e mandou o pedido de investigação para reavaliação do procurador-geral. Decisão foi tomada depois de argumentação da defesa de Aécio Neves, que apontou ausência de elementos novos para a abertura do inquérito.
Em nota divulgada no dia 16, o ministro disse que não mandou cancelar o inquérito. "Trata-se de mera suspensão de diligências. Não houve cancelamento de absolutamente nada", disse. O episódio também foi citado no pedido do deputado Rogério Correia à PGR. "Se realmente quiser que Aécio Neves seja investigado, Janot tem que pedir a suspeição de Gilmar Mendes", afirmou o deputado.
O pedido de investigação feito pela Procuradoria se baseia na delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), Aécio foi beneficiário de um "grande esquema de corrupção" na empresa. O tucano nega.
Contactada pela reportagem, a assessoria de Aécio Neves informou que o senador não vai comentar o pedido feito por Rogério Correia..