Melo, que entrou hoje com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para pedir a suspensão da exoneração, tinha sido nomeado por para a estatal de comunicação pública no dia 3 de maio. Ele havia tomado posse no dia 10, dois dias antes de o Senado decidir pelo afastamento da presidente por um período de até 180 dias. O jornalista Laerte Rímoli foi o escolhido por Temer para comandar a EBC.
A defesa de Melo afirma que a sua exoneração, publicada no Diário Oficial da União de terça-feira, 17, foi um "ato arbitrário, abusivo e ilegal". O advogado argumenta que EBC é uma empresa pública, não estatal, e que por isso o mandato do presidente da instituição é fixado em quatro anos, independentemente de quem assuma o governo.
Para o governo Temer, a TV pública vinha sendo usada em benefício de um partido, o PT, e era preciso "despolitizar" a programação. Outra justificativa é a orçamentária. A EBC é deficitária e a antiga direção resistia a enxugar custos..