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Estado de Minas

Cunha reitera não possuir contas no exterior e pede anulação do processo

O deputado Eduardo Cunha (PMDB), afastado pelo STF da presidência da Câmara, voltou a afirmar que não tem contas ilícitas no exterior e diz que que não aceita acusação de recebimento de propina


postado em 19/05/2016 10:56 / atualizado em 19/05/2016 11:30

Eduardo Cunha durante depoimento nesta quinta-feira ao Conselho de Ética da Câmara(foto: Lúcio Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados)
Eduardo Cunha durante depoimento nesta quinta-feira ao Conselho de Ética da Câmara (foto: Lúcio Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados)

O presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira, em defesa no Conselho de Ética da Câmara, que a origem de seu patrimônio acabará "sendo comprovada ao curso dos processos legais". Com essa fala, Cunha voltou a negar que seja proprietário de contas ilegais no exterior. Cunha justificou contas em nome dele, conforme documentos do Ministério Público da Suíça, exercício de atividade de comércio no exterior, onde teria acumulado patrimônio. Ele também disse que vai pedir anulação do processo, caso seja incluído no relatório do relator da comissão, acusação de recebimento de propina. (Acompanhe abaixo transmissão ao vivo do depoimento)

Cunha está na manhã desta quinta-feira fazendo a própria defesa, no Conselho de Ética, argumentou também que não cometeu irregularidade fiscal ou praticou evasão de divisas. DE acordo com ele, todos os valores têm sua origem. De acordo com Ministério Público da Suíça , contas secretas naquele país em nome do deputados somam US$ 2,4 milhões.

Testemunhas


Nessa terça-feira (17), o conselho ouviu a última testemunha arrolada pela defesa do peemedebista. O professor de Direito Econômico da USP, José Tadeu de Chiara, afirmou que os trustes podem receber doações financeiras de terceiros, conforme vem a defesa de Eduardo Cunha alegando para justificar contas na Suíça em nome do parlamentar.
Chiara também admitiu a possibilidade do uso de truste para ocultação de patrimônio ilícito. Segundo o professor, como em qualquer outra situação, pode haver desvirtuamento da finalidade dos recursos.

Durante todo o depoimento, a defesa de Eduardo Cunha ressaltou que truste não é conta bancária comum e que ele não pode ser considerado titular, mas beneficiário, sem controle sobre o patrimônio e os investimentos geridos pelo truste. A defesa enfatizou que Cunha não era obrigado a declarar os trustes às autoridades brasileiras. O depoimento de Eduardo Cunha encerra a fase de instrução processual. Agora, o relator então terá 10 dias úteis para apresentar seu parecer final. A promessa do relator é entregar o parecer ainda neste mês.


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