De acordo com Cunha, a transferência de propriedades ao truste foi uma forma de gerir recursos adquiridos por ele através de investimentos e negócios na década de 1980, e que ele não transferiu nenhuma quantia depois de 2007. "Não houve transferência de valores daqui para lá (Suíça), a origem dos recursos é de mais de 30 anos", afirmou. O peemedebista mostrou aos membros do conselho um passaporte que possuía na época para mostrar atividades que tinha no exterior. "Minhas atividades eram outras na década de 80", alegou.
"Se o objetivo fosse esconder, talvez eu teria constituído uma fundação, onde se pode esconder qualquer tipo de atividade. Não existe instituto mais transparente que o truste", disse. Alvo de polêmica, Cunha admitiu que se equivocou ao usar o termo "usufrutuário em vida" durante uma entrevista, dizendo que de fato não é o mais adequado juridicamente para o truste que possui, mas voltou a afirmar que é "beneficiário do truste sem dúvida nenhuma" se o banco vier a devolver o dinheiro.
Questionado sobre os gastos de sua esposa atrelados ao truste, Cunha declarou diversas vezes que os cartões estão no nome de Cláudia Cruz, que "não é alvo da representação".