(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cunha: me sinto injustiçado, mas sei que o processo é de 'natureza política'

O deputado Eduardo Cunha (PMDB), afastado pelo STF da presidência da Câmara, voltou a afirmar que não tem contas ilícitas no exterior e diz que que não aceita acusação de recebimento de propina


postado em 19/05/2016 15:37 / atualizado em 19/05/2016 15:56

(foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados)
(foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados)

Em seu depoimento no Conselho de Ética, que segua na tarde desta quinta-feira, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que "nem uma criança acreditaria" que ele participou do esquema de corrupção da Petrobras. "Em 2006 eu fiz oposição ferrenha ao governo Lula, como alguém ia me dar o controle do petrolão?", questionou. Segundo Cunha, "é muito fácil tentar encontrar um suposto chefe do petrolão para esconder a sujeira debaixo do tapete". O peemedebista disse que rompeu com o governo Dilma Rousseff por ser alvo de "manipulações".

Em seu questionamento, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) perguntou a Cunha se há uma conspiração contra ele e se existe, que essa conspiração é "planetária", já que "envolve STF, PGR, delatores, Edison Lobão, Nestor Cerveró e o Ministério Público da Suíça, entre outros". Cunha respondeu que "não fala que tem conspiração, apenas estranha a seletividade das investigações". O peemedebista comentou ainda que "obviamente" sofre "contestação política", mas que não era a sua intenção "fazer exposição de vitimização política" perante o colegiado.

Cunha afirmou também que se sente "injustiçado", mas que sabe que o processo é de "natureza política" e que buscará seus recursos. Ele voltou a dizer que identificou diversas nulidades no processo do Conselho de Ética, que podem "zerar" o processo. "Não posso abrir mão do meu direito de defesa", alegou. Segundo ele, mencionando o processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu suas prerrogativas como deputado federal recentemente, foram esses erros no processo que adiaram a análise de sua denúncia. "Querer me culpar do atraso do tempo do processo é me atribuir atos que não pratiquei. Se querem ser céleres, não decidam atos que possam ser questionados sobre nulidade, nem atos que possam ser questionados", declarou.

Acompanhe ao vivo a sessão do Conselho de Ética: 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)