Na contramão do discurso da maioria dos movimentos participantes do ato, Felipe Alencar, membro da Coordenação Nacional do Movimento Coletivo Construção São Paulo, DCE Unifesp e Centro Acadêmico de Pedagogia da Unifesp, disse que "não é porque somos contra o governo Temer que queremos a volta de Dilma".
"O governo petista foi contra os trabalhadores. E nós que somos universitários sabemos o que é faltar até papel higiênico nas universidades. Não queremos a volta da Dilma porque não queremos retrocesso", disse em discurso. Ele disse que o movimento defende como alternativa novas eleições sob novas bases e a extinção do Senado Federal.
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), reforçou a tese que os movimentos sociais não darão um minuto sequer de sossego ao governo interino de Michel Temer. "Não tem arrego. Ou sai o Temer ou não vai ter sossego", cantava o ativista do alto do caminhão de som.
Boulos disse que o MTST não vai permitir nenhum corte de recurso dos programas de moradias populares.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) classificou o governo de Michel Temer de "antipovo, governo das reformas da Previdência, trabalhista e da autonomia do Banco Central". "É o governo dos bancos, dos ricos e dos investigados. É por isso que mesmo afastado o (Eduardo) Cunha continua mandando na Câmara. Vamos tirar este governo ilegítimo, imoral e impopular", disse o parlamentar..