Um dos investigados nesta nova fase da Lava-Jato foi assessor do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, e tesoureiro do Partido Progressista (PP). João Cláudio Genu teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira. Genu foi investigado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT. Na Operação Lava- Jato, ele é suspeito de distribuir dinheiro oriundo do esquema de corrupção que atuou na Petrobras a políticos do PP.
Também estão sendo cumpridos dois mandados de busca na casa e no apartamento dele, no Rio de Janeiro. Um dos mandados de prisão temporária é contra Lucas Amorim Alves. A outra prisão temporária é contra Humberto do Amaral Carrilho. Ambas as prisões efetudas em Pernambuco.
Repescagem
A 29ª fase da Operação Lava-Jato foi batizada de Respecagem em função de o principal investigado, João Cláudio Genu, já ter sido processado no mensalão e agora na Lava-Jato.
Os mandados cumpridos nesta segunda-feira foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, para investigação dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa, envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso revelado na Petrobras com a Lava-Jato.
Empresa de Marcos Valério
João Cláudio Genu foi denunciado na Ação Penal 470 do STF, conhecida como mensalão, sob a acusação de de sacar cerca de R$ 1,1 milhão de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza. Genu foi acusado de entregar esse valor a parlamentares federais do Partido Progressista (PP).
Naquela ação, Genu foi condenado no julgamento pelo plenário do STF por corrupção e lavagem de dinheiro. No entanto, houve prescrição da condenação relativa aos crimes. Genu foi absolvido em razão de julgamentos dos sucessivos embargos infringentes, sob o argumento da defesa "de atipicidade".
Petrobras
De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações da Lava-Jato surgiram elementos probatórios que apontam a participação de João Cláudio Genu no esquema criminoso envolvendo a Petrobras. As investigações da PF apontam que Genu continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, até o ano de 2013.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda nesta segunda-feira para a Polícia Federal em Curitiba.
Com agências