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Estado de Minas

Gravação de Jucá confirma o golpe contra Dilma, diz líder do PT no Senado


postado em 23/05/2016 11:49 / atualizado em 23/05/2016 11:58

Brasília - O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), acredita que a gravação de conversa revelada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, é a confirmação de um acordo para retirar a presidente da República afastada, Dilma Rousseff. Ele acusa o PSDB de participar da negociação e analisa a possibilidade de pedir a cassação de Jucá, que é senador licenciado.

"Isso só confirma aquilo que já falávamos há alguma tempo, confirma o golpe contra Dilma", disse o senador. Em reportagem desta segunda-feira, 23, o jornal Folha de S. Paulo revelou a conversa em que Jucá sugere a existência de um pacto para obstruir a operação Lava Jato e diz que é preciso trocar o governo para "estancar a sangria". No diálogo, Jucá e Machado sugerem que Temer poderia "construir um pacto nacional", inclusive com o Supremo.

O petista comparou a situação com o grampo da conversa entre Dilma e o ex-presidente Lula, em que a presidente foi acusada de adiantar a nomeação de Lula ao Ministério da Casa Civil como uma forma de protegê-lo da operação Lava Jato. "Um diálogo em que nada foi dito claramente foi suficiente para conseguirem eliminar o Lula e impedir que ele assumisse um ministério porque estaria obstruindo a Justiça. E agora, como ficará com o Jucá?", indagou.

Cassação


De acordo com o líder do PT, os senadores da oposição ainda consideram a possibilidade de pedir a cassação de Jucá, que é senador licenciado do PMDB. Mas Paulo Rocha comparou o caso dele com o do ex-senador Delcídio Amaral, que foi recentemente cassado por quebra de decoro parlamentar.

"Por muito menos do que isso, nós acabamos de cassar o senador Delcídio. Para o Senado ter coerência política, vamos ter que discutir isso agora", disse. Assim como Jucá, Delcídio foi pego em um áudio em que supostamente tentava obstruir as investigações da operação Lava Jato. Ele tentava negociar um plano de fuga para o diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.


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