“O novo governo, alçado ao poder pela via constitucional e não pela via eleitoral, precisa ser um exemplo ético. Quem é investigado pela Operação Lava-Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Qualquer ação suspeita praticada pelos ministros investigados colocam o governo todo em xeque”, diz nota assinada pelo presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.
Embora tenha ressaltado que todo cidadão tem direito “à ampla defesa e ao devido processo legal”, Lamachia afirmou que autoridades responsáveis pela condução do país precisam estar acima de qualquer suspeita. “Os investigados devem poder se defender sem, para isso, comprometer a credibilidade das instituições.” Dessa forma, o presidente da OAB disse ainda que espera que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) tome medidas “à altura da gravidade da situação”.
Em março, a OAB aprovou o apoio ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Na nota desta segunda-feira, Lamachia afirma que o afastamento de Dilma é legítimo e legal. “Essa foi a conclusão dos representantes das advogadas e advogados após ampla e minuciosa análise”. .