Os deputados federais do PMDB de Minas apostam na queda do ministro do Planejamento, o senador licenciado Romero Jucá (PMDB-PE), depois da divulgação de conversas semanas antes da votação da admissibilidade do impechament na Câmara dos Deputados, em que diz ao presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que uma “mudança” no governo levaria a um pacto para “estancar a sangria” aberta pela Operação Jato.
Em meio ao terremoto provocado pelas declarações de Jucá, os mineiros desabafam o descontentamento com o fato de não ter sido destinado ao estado um só ministério: ajudaram, articularam, buscaram votos para passar a admissibilidade do impeachment, mas ficaram a ver navios.Até mesmo a liderança nacional do PMDB, que em princípio ficaria com o mineiro Leonardo Quintão, foi parar nas mãos de Baleia Rossi (PMDB-SP), presidente do PMDB de São Paulo.
O ministério de homens brancos, ricos e conservadores, sem qualquer notável, que vem sendo criticado pelos mais diversos segmentos da sociedade, na visão da bancada mineira é também pela primeira vez na história da República, um governo sem a presença de Minas Gerais. Há uma sobrerepresentação de estados como São Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente, com quatro e cinco pastas cada.
"Temer teve de recuar agora com as justas manifestações dos artistas, recriando o Ministério da Cultura. É hora de Minas também protestar e protestar alto", reclamou um deputado federal..