Para Alckmin, com as coligações em eleições proporcionais, os partidos pequenos "pegam carona" nos partidos maiores. "Se não houver coligação, eles fecham", afirmou. Além disso, o governador declarou que é a favor do voto distrital puro. "É assim que é no modelo americano e inglês", ilustrou. "Não é tão difícil, não precisa mexer na Constituição, é só criar lei ordinária", acrescentou.
Alckmin, que não comentou no seu discurso o vazamento da conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, também defendeu uma reforma na Previdência. "Não é possível que o Congresso Nacional tenha aprovado em 2014 que uma policial feminina possa ter aposentaria integral com 25 anos de serviço e a presidente (Dilma Rousseff) não tenha vetado uma lei dessa", disse o governador.
O governador paulista também fez comentários sobre a economia brasileira. Disse que, para retomar a geração de emprego, é necessário investir em infraestrutura, logística e construção civil. Lamentou a recessão brasileira e afirmou que, com a queda acumulada do PIB nos últimos três anos e o crescimento demográfico, a renda per capita deve ter uma queda de 2 dígitos no período. Afirmou ainda que o Brasil é pouco integrado à economia mundial. "E somos 3% da população mundial, então temos 97% de mercado para explorar."
Ao fim de seu discurso, Alckmin disse que a economia chegou ao fundo do poço, mas que, "com trabalho", haverá avanço. "Quero trazer uma palavra de otimismo, chegaremos à terra prometida, não por destino, mas com trabalho, confiança, reformas, competitividade para melhorar a vida da população.".