Em palestra para empresários do grupo Lide na capital paulista, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira que é totalmente favorável às investigações da Operação Lava-Jato. "É sacrificante, doloroso, mas é necessário", afirmou o governador.
O governador evitou comentar o vazamento da conversa entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, na qual são discutidos temas como a Operação Lava Jato. Questionado sobre qual posição deverá ser adotada pelo PSDB, que participa do governo, Alckmin afirmou que vai aguardar a manifestação do ministro Jucá e do governo federal.
Em seguida, ao saber que Jucá já havia se manifestado, negando a tentativa de interferir na Lava Jato, Alckmin disse que pretende esperar "até o fim do dia" para fazer uma avaliação.
Em comentário sobre a economia brasileira, Alckmin disse que "está provado" que ajuste fiscal não funciona com uma "recessão desse tamanho". "Se o PIB cai 4%, a arrecadação cai 5%. Se o Brasil cresce, a arrecadação aumenta", afirmou o governador. "Temos de ter política para retomar o crescimento, com foco em exportação e infraestrutura", sugeriu.