A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta terça-feira mais uma etapa da Lava-Jato.
Por enquanto apenas a estrutura da operação. São cerca de 50 policiais federais e 10 servidores da Receita Federal. Os agentes federais cumprem 28 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e nove mandados de condução coercitiva no Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a Polícia Federal, a 30ª etapa da Lava-Jato investiga "vários contratos e correspondentes repasses de valores não devidos ocorridos entre empresas contratantes da Petrobras e funcionários da estatal e agentes públicos e políticos."
Também conforme a Polícia Federal, três grupos de empresas são investigados por terem se utilizado de operadores e de contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
A PF informou que estão sendo atribuídos aos investigados de hoje, dentre outros crimes, atos de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos.
Vício
Segundo a Polícia Federal, a operação desta terça-feira foi batizada de vício, alusão "à sistemática, repetida, e aparentemente dependente, prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos que aparentam não atuar de outra forma senão através de atos lesivos ao estado". Informações da PF acrecentam ainda que "o termo (vício) ainda remete a idéia de que alguns setores do estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar presente não ação de seus representantes."
Executivo internacional
A Polícia Federal também cumpre mandados que buscam a apuração de pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobras, feitos por meio de contratos firmados para aquisição de navios-sondas. O nome desse executivo não foi informado.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba, no Paraná.