Nesta fase, as investigações apontam para o pagamento de R$ 40 milhões em propina no Brasil e no exterior entre 2009 e 2013 por parte de duas grandes empresas fornecedoras de tubos, que teriam utilizado uma construtora de fachada, um escritório de advocacia e transferências no exterior por meio de offshores para fazer os pagamentos ilícitos.
Além dos dois funcionários da estatal levados a depor, também foi decretada a prisão preventiva dos sócios da construtora de fachada utilizada para fazer o repasse de propinas. No total, foram expedidos dois mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Os pagamentos de propinas foram apontados inicialmente por réus colaboradores, que também pagaram propina à Diretoria de Serviços da Petrobras por meio da empresa investigada. O aprofundamento das investigações, com o auxílio da Receita Federal, da Polícia Federal, da Petrobras e do escritório de investigação autônoma contratado pela estatal, levou à confirmação de que a propina tinha origem em uma grande fornecedora de tubos para a estatal.
Há fortes indicativos da participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque nos ilícitos. Ambos foram recentemente condenados pelo juiz Sérgio Moro a penas de 23 anos e 10 anos de prisão, respectivamente. Renato Duque também já foi condenado em outras duas ações penais, de modo que suas penas hoje somam 50 anos, 11 meses e 10 dias de prisão..