A força-tarefa da Lava-Jato concede entrevista coletiva nesta terça-feira para informar os nomes e participação de envolvidos nesta 30ª fase da Lava-Jato, deflagrada hoje. No entanto, já circula a informação que o ex-ministro José Dirceu, já condenado a 23 anos de prisão na Lava-Jato, e Renato Duque, condenado a mais de 50 anos na mesma operação, estão entre os alvos desta nova etapa das invetigações. Há indícios de que fornecedoras de tubos para a Petrobras, com contratos que somam mais de R$ 5 bilhões, teriam pago pago R$ 40 milhões em propinas no Brasil e no exterior.
Para a Polícia Federal, há fortes indicativos da participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e do ex-diretor de Engenharia da Petrobras, Renato Duque, nos ilícitos. Renato Duque também já foi condenado em outras duas ações penais, de modo que a totalização de suas penas hoje soma 50 anos, 11 meses e 10 dias de prisão.
Dois funcionários da Diretoria de Serviços da Petrobras também são alvos de condução coercitiva, em razão da existência de indícios de seu envolvimento nos fatos.
Cerca de 50 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal cumprem 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Executivo
Em outro procedimento estão sendo cumpridos mandados que buscam a apuração de pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobrás, cota do PMDB no esquema, em contratos firmados para aquisição de navios-sondas.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba.
Eduardo Cunha
As propinas em contratações de navios-sonda pela estatal já renderam a primeira ação penal contra um político na operação no Supremo Tribunal Federal. Trata-se do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista é acusado de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas pelo afretamento de dois navios-sonda, o que ela nega veementemente.