De acordo com o MPF, também foram anuladas as perguntas de português que suscitaram questionamentos: três questões de português das provas para as áreas de Administração e Biblioteconomia; duas de Ciências Contábeis e Direito e quatro da prova de Comunicação Social.
A nota diz ainda que o órgão “reafirma seu compromisso com a atuação apartidária e impessoal em defesa da ordem jurídica e dos direitos e garantias fundamentais, bem como com os valores da transparência, da ética, da moralidade, da independência funcional e da unidade”.
Imagens das questões com teor político foram divulgadas nas redes sociais e constaram da prova de português, na qual os candidatos deveriam marcar qual alternativa não apresentava nenhum erro de gramática e ortografia. Na questão número 9, a alternativa "a", trazia o seguinte texto: "Os golpistas ficaram 'prostados' com a reação que se viu nas ruas em defesa da democracia". A opção "d" também tem menções à situação política do país: "O juiz infringiu a legislação ao divulgar o conteúdo de interceptações telefônicas".
Na questão seguinte, a 10, quase todas as alternativas têm conteúdo político, com ofensas aos parlamentares e a veículos de comunicação. Na letra "b", o texto diz que "o tráfego de influência é uma das práticas mais comuns na Câmara dos Deputados". Na alternativa "c" está escrito que "o analfabetismo político é um mal cada vez mais comum em quem assiste ao Jornal Nacional". Já na alternativa "d" o autor da prova afirma que "na atual 'conjetura' é preciso saber discernir entre fatos e manipulações".
Na questão 13, a ofensa está na alternativa "d": "Segundo renomados juristas, a presunção de inocência, 'apezar' de configurar direito constitucional, vem sendo ignorada pela Operação Lava Jato".