Controlador-geral em Minas coloca cargo à disposição e servidores suspendem atividades

A decisão é um protesto pela permanência do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, no cargo

Marcelo Ernesto Alessandra Mello
Em um ato de protesto contra a permanência no cargo do atual ministro da Transparência, Fabiano Silveira, no cargo, os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) em Minas decidiram nesta segunda-feira suspender as atividades do órgão no estado.
Em nota, os servidores afirmaram que Silveira “demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que zela pela transparência pública e pelo combate à corrupção”. O coordenador da CGU em Minas, Breno Cerqueira, também entregou o cargo, acompanhando ação feita em todas as unidades da controladoria no país. Além da exigência da saída do ministro, outra exigência que a órgão volte a ser independente e vinculado à Presidência.

Breno disse que os servidores estão de braços cruzados até que a controladoria volte a ser um órgão independente vinculado à presidência da república e que o atual ministro da Transparência seja exonerado. Segundo ele, um órgão que investiga os ministérios não pode estar no mesmo nível hierárquico que os outros.

Em novas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e exibidas nesse domingo pela TV Globo, o ministro Fabiano Silveira faz críticas à Operação Lava-Jato, além de orientar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre formas de enfrentar as investigações.

A ação de deixar os cargos em todo o país foi feita em comum acordo.
O entendimento é de que esta confiança fica minada com a permanência do ministro na pasta.

Mais cedo, o presidente interino Michel Temer, em reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que aguardaria a repercussão política do caso e que, “por enquanto”, manteria Fabiano Silveira no cargo. .