"Estou afastado e esse ato não é meu. Assim como desconheço as razões das representações, não conheço os seus supostos adversários políticos. Em vez de procurar culpados, deveria responder aos atos denunciados", disse Cunha por meio de sua assessoria.
Os pedidos de investigação contra Araújo são de políticos do interior da Bahia, adversários locais dele. Araújo tem cinco dias úteis para se defender das denúncias - que versam desde o uso político de uma rádio local até recebimento de R$ 75 mil de um deputado estadual. Após esse prazo, a Corregedoria da Casa formulará um parecer pela continuidade ou não da representação. Caberá à Mesa Diretora - comandada em sua maioria por aliados de Cunha - decidir se o caso será encaminhado ao Conselho de Ética. Se as representações forem instauradas no conselho, Araújo é automaticamente afastado do colegiado.
Cunha rebateu as críticas de que tem manobrado para retardar seu processo.
A ação foi vista por Araújo como mais uma ação do grupo de Cunha para tirá-lo da votação do parecer contra o peemedebista e garantir assim votos suficientes para enterrar o processo por quebra de decoro. Na atual circunstância, se a deputada Tia Eron (PRB-BA) votar pela cassação do mandato, o voto de Araújo será utilizado para desempatar o placar mais uma vez. "Eduardo Cunha foi afastado, mas tudo leva a crer que ele continua manejando seus tentáculos nesta Casa. Não vamos ficar intimidados com as manobras de Eduardo Cunha", declarou Araújo mais cedo..