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Estado de Minas

Temer diz que "ninguém vai derrubar a Lava-Jato"

A declaração do presidente interino veio na esteira do vazamento de conversas envolvendo a Operação Lava-Jato, que levaram à queda de dois ministros nomeados por Temer: Romero Jucá, Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle


postado em 01/06/2016 10:41 / atualizado em 01/06/2016 12:10

Presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, dos presidentes da Petrobras, dos bancos estatais e de institutos de pesquisa(foto: Beto Barata/PR)
Presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, dos presidentes da Petrobras, dos bancos estatais e de institutos de pesquisa (foto: Beto Barata/PR)

O presidente em exercício Michel Temer disse na manhã desta quarta-feira que iria repetir "pela enésima vez que ninguém vai derrubar a Lava-Jato". "A toda hora leio uma ou outra notícia que o objetivo é interferir. Sem nenhum deboche, digo pela enésima vez: não há a menor possibilidade de qualquer interferência do Executivo nesta matéria," afirmou o presidente interino. Temer fez a afirmação durante a posse, no Palácio do Planalto, em Brasília, dos presidentes da Petrobras, dos bancos estatais - BNDES, Caixa e Banco do Brasil-, além dos institutos de pesquisa IBGE e Ipea.


A fala de Temer veio após os vazamentos de conversas gravadas entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o ex-ministro do Planejamento e senador Romero Jucá. Machado gravou também  diálogos que manteve com o presidente do Senado,  Renan Calheiros, com o ex-presidente José Sarney, e ainda com o ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira. Todas as conversas envolviam a  Operação Lava-Jato, sinalizando tratativas para barrar  as investigações ou livrar suspeitos e acusados envolvidos na operação que está em curso desde 2013.

Saúde e Educação

 

Temer também negou que o seu governo irá reduzir os percentuais determinados pela Constituição referentes a gastos com  educação e saúde, 25% e 18% do orçamento, respectivamente. "Percentuais em relação à saude e educação não serão modificados", afirmou o presidente em exercício.

A fala de Temer é uma tentativa de acabar com a polêmica iniciada com declarações dos ministros da Educação, Mendonça Filho, e da Saúde, Ricardo Barros, indicando que esses percentuais poderiam ser reduzidos. Corroborou para o incremento da polêmica algumas medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para sanear as contas públicas - estimada pelo governo interino em R$ 170,5 bilhões para este ano, cujo projeto de lei com este novo teto da meta fiscal foi aprovado pelo Congresso Nacional. O governo da presidente afastada Dilma Rousseff havia calculado o mesmo rombo para 2016 na casa dos R$ 96,5 bilhões, teto que não chegou a ser aprobvado pelo Congresso.


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