"É uma tentativa de usurpar a independência técnica da AGE para analisar e fiscalizar a destinação dos recursos públicos”, critica Machado. A categoria está mobilizada e prepara correspondência para ser enviada a todos os deputados estaduais. A emenda atribui à Controladoria-Geral do Estado competência para instaurar ou requisitar a instauração de sindicância ou processo administrativo-disciplinar em desfavor do procurador do estado e avoca as sindicâncias e processos administrativos em curso da AGE, além de promover a aplicação da penalidade administrativa cabível.
“O Governo quer enfraquecer a Advocacia-Geral do Estado ao atribuir tal poder à Controladoria-Geral do Estado. Assim se forma uma advocacia de Governo e não de Estado. Numa gestão que zela pela probidade e transparência dos atos, o enfraquecimento da advocacia pública é um grande retrocesso. A sociedade mineira sairá perdendo, pois, os procuradores, serão inibidos em sua essencial função de fiscalizar a legalidade dos atos públicos”, disse.
Em nota oficial, a Apeminas afirma que a iniciativa do governo do estado enfraquece os procuradores e teria por intuito submeter os procuradores à Controladoria-Geral do Estado em retaliação ao fato de a associação ter solicitado a exoneração dos ocupantes de cargos comissionados em autarquias, fundações e secretarias do estado para que fossem preenchidos por procuradores, segundo previsão constitucional.
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