"Abri mão da vaga de titular da Comissão do Impeachment. De agora em diante, vou acompanhar os trabalhos como não membro, já que isso é possível. Sou presidente da Comissão de Educação, da CPI do Futebol e atuo em importantes causas sociais que não podem ser deixadas de lado. Não há que se falar em mudança de voto porque são dois votos distintos. No primeiro, votei pela continuidade da investigação. O segundo e definitivo voto será para julgar o crime de responsabilidade", escreveu Romário.
De acordo com Romário, ele foi crítico ao governo Dilma e votou a favor da abertura do processo de impeachment para que houvesse a oportunidade de se aprofundar nas investigações. Em seguida, o senador colocou diversas críticas à gestão Temer e disse que analisará o "conjunto da obra".
"No lugar de ministros "notáveis", conforme Temer prometeu, tivemos ministros investigados.
O senador também disse que temas relevantes perderam a importância, citando a situação da secretaria das pessoas com deficiência, que foi alocada no Ministério da Justiça. Ele também criticou a extinção do Ministério da Previdência Social e da Controladoria-Geral da União, apontando que a decisão prejudica o combate à corrupção.
Mudança de voto - A saída de Romário da comissão do impeachment é, de certa forma, uma sinalização da sua mudança de voto. Isso porque o PSB fechou questão em favor do impeachment e indicou para a comissão apenas senadores com esse posicionamento. No lugar de Romário, vai integrar a comissão a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO). (Isabela Bonfim).