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Estado de Minas

Temer recebe ex-líder do MST José Rainha


postado em 02/06/2016 06:00 / atualizado em 02/06/2016 07:33

Brasília – O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) recebeu nessa quarta-feira (1º) o ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) José Rainha. Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), entidade na qual Rainha milita atualmente, também participaram da audiência no Palácio do Planalto. Eles pediram a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Dois dias antes, Temer pôs as secretarias responsáveis pelas políticas de reforma agrária do Ministério do Desenvolvimento Social sob o guarda-chuva da Casa Civil. A medida gerou fortes críticas dos movimentos sociais ligados aos trabalhadores do campo.

Após a audiência com Temer, José Rainha não falou com a imprensa. Coube ao dirigente nacional da FNL, Carlos Lopes, se manifestar em nome da entidade. “Na reunião, falamos sobre a extinção do MDA. O campo não aceitará isso. Essa foi a forma como a FNL se projetou. O presidente (Temer) disse que, da forma que todo o ministério se encontrava, era preciso fazer uma repactuação da administração pública em razão do déficit. E ele assumiu o compromisso junto às classes do campo de construir as condições para que o MDA volte, pois o MDA atende a um público de 36 milhões de brasileiros”, disse Lopes ao deixar o Palácio do Planalto.

Segundo o dirigente da FNL Temer ficou de pensar sobre a possibilidade, mas somente após a votação final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff pelo Senado. Lopes disse ainda que não houve pedido do presidente em exercício para que os movimentos sociais parem de fazer manifestações pelo país.

A audiência a José Rainha gerou críticas no Congresso. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), um dos principais integrantes da bancada ruralista, criticou Temer por ter recebido no Palácio do Planalto o líder sem-terra. Caiado afirmou que Rainha é “bandido condenado” e jamais poderia ser recebido para dar sugestões. “É inadmissível que o Palácio do Planalto seja um ambiente para receber bandidos condenados para dar sugestões”, disse Caiado.

 

 


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