O esquema foi desvendado pela Operação Voucher, em 2011.Em depoimentos à PF, pessoas ligadas a uma das entidades supostamente beneficiadas pelo esquema afirmaram que o dinheiro desviado do ministério seria entregue à deputada peemedebista, responsável pela emenda parlamentar que liberou os recursos para o convênio.
Ela nega participação no esquema e, à época da operação, colocou seus sigilos fiscal e bancário à disposição da Justiça.
A nomeação de Fatima Pelas foi publicada na edicão desta sexta-feira do "Diário Oficial da União".Pelaes (PMDB) é próxima a Temer e ocupava a presidência nacional do PMDB Mulher, um dos núcleos do partido.
A nomeação da ex-deputada para chefiar a secretaria gerou críticas de setores favoráveis à descriminalização do aborto já que ela se manifestou publicamente contra numa sessão que discutia proposta de concessão de bolsa a mulheres que engravidam após estupro. "Nós enquanto representantes do povo brasileiro, temos que pensar que direito nós mulheres temos de tirar uma vida?", afirmou em Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, após ter revelado ter sido concebida em um ato de estupro. A mãe, que estava presa, engravidou após ser violentada.
Apesar de declarar-se contrária ao aborto, contudo, Pelaes afirmou, após a sua nomeação que não vai interferir nas atuais regras do país para o aborto: no caso de estupros, a vítima deve ter apoio do Estado caso queira abortar, como é previsto pela legislação..