Segundo Bermudes, Paulo Henrique Cardoso "atribui a falsidade da declaração do ex-diretor da Petrobras a uma tentativa de envolver seu pai nos escândalos ocorridos na estatal". Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato em janeiro de 2015, fechou acordo de delação premiada e deverá passar a prisão domiciliar no dia 24 deste mês.
Na delação, Cerveró disse ter presenciado irregularidades na Petrobras durante o governo Fernando Henrique (1995-2002), entre as quais a contratação, pela estatal, da PRS Energia, que, segundo o ex-diretor, pertencia ao filho do ex-presidente tucano. Cerveró disse que a PRS associou-se à Petrobras para gerir a termoelétrica Termorio, construída pela multinacional francesa Alstom, ao custo de US$ 715 milhões. O ex-diretor afirmou que a contratação da PRS foi feita "por orientação do então presidente da Petrobras Philippe Reichtsul, por volta de 2000".
"A fonte dessa deslavada mentira deve ser a mesma da qual proveio a notícia, já cabalmente desmentida, de que o ex-presidente seria proprietário de dois apartamentos no exterior, tudo não passando de mais uma urdidura vexaminosa que compromete e denuncia os seus artífices", conclui o advogado de Paulo Henrique..