As informações foram reveladas pelo jornal ‘O Globo’ nesta sexta-feira, 3.
A delação foi homologada no dia 24 de maio pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e, com isso, pode ser utilizada para novas investigações e até complementar as investigações já em curso da Lava-Jato.
Renan indicou Machado para a presidência da Transpetro em 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e manteve apoio para a permanência dele no cargo até ano passado, mesmo depois de ter sido acusado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, de receber propina.
De acordo com a reportagem, Sarney também recebeu uma soma significativa, conforme a contabilidade do ex-presidente da Transpetro. Machado disse que repassou aproximadamente R$ 20 milhões para o ex-presidente durante o período que esteve à frente da estatal.
Romero Jucá, que ficou uma semana como ministro do Planejamento do governo do presidente em exercício Michel Temer, teria sido destinatário de quantia similar a de Sarney, cerca de R$ 20 milhões. Machado disse ainda, segundo a reportagem, que abasteceu também contas dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Jader Barbalho (PMDB-PR).
O ex-presidente da Transpetro também teria falado sobre as somas repassadas aos padrinhos políticos dele e, como se não bastasse, indicou os contratos e os caminhos percorridos pelo dinheiro até chegar aos destinatários finais.
Todos os políticos citados por Machado negam o recebimento de valores ilícitos..