Na quarta- feira (1º) da semana passada, eram fortes os boatos de que no dia seguinte haveria prisões em Brasília por conta de investigados na Operação Lava-Jato. Quase uma semana depois, reportagem de O Globo informa, nesta terça-feira, que o pedido de prisões partiu do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que teria como alvo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República, José Sarney. Os pedidos de prisões estariam com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, há pelo menos uma semana. Também foi pedida por Janot a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A reportagem informa ainda que, para Janot, Calheiros, Jucá e Sarney são suspeito de obstruir as investigações da Lava-Jato. No caso de Sarney, em função da idade avançada, 86 anos, Janot teria pedido tornozeleira eletrônica. O procurador teria justificado o pedido na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que apresenta indícios de que os três queriam limitar as investigações da Lava-Jato.
Gravações
O ex-presidente da Transpetro já derrubou dois ministro de Michel Temer por conta de conversas gravadas entre Sérgio Machado e os ex-ministros Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira , da Transparência, Fiscalização e Controle.
Propina
Sérgio Machado também contou em delação premiada que pagou pelo menos R$ 70 milhões a integrantes da cúpula do PMDB. Machado disse que pagou a Renan cerca de R$ 30 milhões. Para Sarney, o ex-presidente da Transpetro afirmou ter entregado cerca de R$ 20 milhões. Machado citou ainda que deu R$ 20 milhões a Jucá. O ex-presidente da Transpetro ainda contou aos investigadores da Lava-Jato que o dinheiro entregue a Calheiros, Jucá e Sarney foram desviados da Transpetro.