Opositores do presidente afastado querem fazer a votação mesmo sem a certeza de como se posicionará a deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado decisivo para que a cassação de Cunha seja aprovada no Conselho de Ética. Para que o peemedebista seja cassado, o pedido ainda precisa passar pelo plenário da Câmara.
Caso o parecer pela cassação seja rejeitado no Conselho, a estratégia de aliados de Cunha é apresentar e tentar aprovar um novo parecer propondo uma pena mais branda, provavelmente a suspensão do mandato. Foi justamente esse parecer em separado que foi usado nos últimos dias como aceno para tentar mudar o voto de Tia Eron.
Opositores do presidente afastado da Câmara dizem que, caso o parecer pela cassação seja rejeitado, a estratégia será derrubar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa o parecer à consulta sobre o trâmite de votação de processos disciplinares no plenário. De autoria do deputado Arthur Lira (PP-AL), o parecer beneficia Cunha.
Aliados de Cunha também têm demonstrado confiança para votar o parecer pela cassação nesta terça-feira. Até o momento apenas seis dos 17 deputados inscritos para discutir o parecer já se pronunciaram. Cada um tem 10 minutos de fala.