A 3ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte concedeu liminar, no início da noite desta terça-feira, obrigando a mesa diretora da Câmara Municipal da capital a dar seguimento ao pedido de impeachment do prefeito Marcio Lacerda (PSB). O vereador decidiu acionar a Justiça após a leitura do requerimento feito por ele na última quinta-feira não ter sido lido em plenário. Com a decisão, o informe terá que ser feito na sessão desta quarta-feira. “Eu mesmo farei o comunicado do mandado na sessão de amanhã”, afirmou Moreira, comemorando que “o processo está seguindo”.
O pano de fundo dessa medida, porém, é a queda do repasse do duodécimo a que a Câmara Municipal de Belo Horizonte tem direito mensalmente. Segundo fontes da Casa, o valor despencou de cerca de R$ 19 milhões mensais para aproximadamente R$ 13 milhões. O passivo estaria em torno de R$ 40 milhões.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a queda na arrecadação do município fez com que o valor dos repasses feitos à Câmara caíssem na mesma proporção. “Importante reiterar que o município vem sofrendo importante diminuição de sua arrecadação, já tendo estimado a possível frustração de receita, no ano de 2016, em aproximadamente R$ 500 milhões. Para readequar as contas à realidade econômica, a Prefeitura redefiniu os limites da programação orçamentária e financeira da PBH, diminuindo em média 25% de seu orçamento”, afirmou em nota.
Ainda de acordo com a PBH, estão sendo repassados R$ 13 milhões mensais à Casa, valor que “garante o funcionamento da Câmara Municipal, assegura o pagamento de seu quadro de pessoal e permite o exercício de todas as suas funções”.