Os titulares Jorginho Mello (PR-SC) e Paulo Freire (PR-SP) deixaram as titularidades e foram para a suplência. Já os suplentes Laerte Bessa (PR-DF) e Wellington Roberto (PR-PB) passaram a ocupar as vagas de titulares. A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), que está de licença maternidade e era suplente, foi substituída pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Bessa, Wellington e Bacelar são membros do Conselho de Ética e integram a tropa de choque de Eduardo Cunha no colegiado.
As mudanças causaram surpresa e revolta no plenário da CCJ. "Isso é um precedente inédito muito grave. Cheira mal", protestou Jorginho Mello, que reclamou de ter sido substituído sem consulta prévia.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) apontou que a CCJ passa agora pelo "espetáculo da troca de membros". "O Congresso brasileiro nunca esteve tão baixo", afirmou.
O petista Wadih Damous (RJ) chamou a mudança de "manobra espúria" e disse que, se o parlamento não tomar providências, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público agirão.
O parecer do deputado Arthur Lira (PP-AL) sobre a consulta de Maranhão só será lido na CCJ na sessão de amanhã. Hoje, Lira protestou contra a obstrução dos partidos que não querem discutir o assunto e pregam que não haja mudança no rito de votação de processo disciplinar no plenário. "Não se pode negar a discutir qualquer tema", reclamou.
Um dos partidos que declararam obstrução à discussão e votação do parecer de Lira é o DEM. "Essa matéria não atende aos interesses da Casa", justificou o líder da bancada, Pauderney Avelino (AM)..