De acordo com Renan, o próprio Michel Temer demonstrou interesse em reunir na próxima semana os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e os governadores.
Um acordo de renegociação da dívida foi fechado com os Estados em março, quando quem presidia o governo era a presidente afastada Dilma Rousseff. Entretanto, a negociação esbarra em dificuldades, como a oposição de servidores públicos e decisões liminares do STF que alteram o cálculo dos juros.
Ministro da Fazenda
Renan voltou a fazer críticas à postura do governo de aprovar reajustes salariais para o funcionalismo público. De acordo com o presidente do Senado, é preciso que o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esclareça o aumento de salários e explique se o déficit fiscal de R$ 170 bilhões não foi um "equívoco", ironizou.
"Se há o déficit, fica difícil compatibilizar com aumento de teto salarial, criação de cargos e reajuste de salários", disse Renan. Na última semana, a Câmara aprovou reajustes salariais para todos os poderes com um impacto superior a R$ 50 bilhões em quatro anos. A proposta, entretanto, ainda precisa ser avaliada pelo Senado.
Supersimples
Os governadores vieram à Brasília para tratar do projeto que faz alterações no Supersimples, sistema diferenciado de tributação para micro e pequenas empresas. De acordo com Renan, os governadores vão analisar o projeto e respondem até a próxima segunda-feira com um posicionamento.
Renan se comprometeu em votar a proposta tão logo os governadores deem o seu entendimento. Participaram da reunião os governadores Paulo Hartung (ES), Rodrigo Rollemberg (DF), Jackson Barreto (SE), Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e o filho do presidente do Senado, Renan Filho (AL).
DRU
Renan também se comprometeu em votar no Senado a Desvinculação de Receitas da União (DRU) tão logo a proposta seja aprovada pela Câmara dos Deputados. O projeto é uma prioridade para a equipe econômica de Michel Temer..