Antes da votação, Joel Moreira disse que muitos vereadores o procuraram dizendo ter “dificuldades políticas” em votar de forma favorável ao impeachment. Joel Moreira citou Guimarães Rosa ao pedir “coragem” aos pares para votarem de forma favorável. “Peço aos senhores que não provem o Legislativo de apurar se ouve ou não ilegalidades”, disse emendando que procurará a Justiça para que a questão seja analisada.
O vereador Gilson Reis (PCdoB) defendeu que Lacerda cometeu, sim, o crime de improbidade administrativa. Segundo ele, foi feita uma decisão política em acordo com entre a PBH e a mesa diretora da Casa para redução dos repasses, mas ele denúncia que o colégio de líderes não foi informado ou consultado.
Bruno Miranda (PDT), vice-líder do governo, disse que o pedido de impeachment “é um pedido covarde”. Ele afirmou que o orçamento, devido à crise, precisa de “reformulações”, inclusive, do repasse feito à Camara. Disse encaminhando pelo voto contrário ao afastamento. Leonardo Mattos (PV), na mesma linha, fez críticas ao autor do requerimento afirmando que ele “não deve estar cursando todas as faculdades mentais” no momento em que fez o pedido. Mattos ainda criticou a intenção de Joel Moreira de procurar a Justiça.
Reinaldo Preto do Sacolão (PMDB) disse que a atitude dos pares mostra “covardia”, já que parae ele houve crime, acompanhando o entendimento do colega de partido. “É sobre o que ele arrecadou que ele tem que repassar. E não venha dizer que não tá faltando recurso”, disse reclamando da qualidade das cadeiras do plenário e a demissão dos estagiários.
O líder do governo, vereador Preto (DEM), defendeu o prefeito Marcio Lacerda dizendo que ele “é um homem de bem”. “O prefeito não fugiu de suas responsabilidades. Ele encaminha todo mês R$ 13 milhões. A Câmara não passa arrocho”, disse, agradecendo o que ele chamou de “parceria” entre o presidente da Câmara e a prefeitura.
Outro pedido ainda não foi votado
O vereador Pedro Patrus (PT) também apresentou nesta terça-feira um requerimento para impeachment de Marcio Lacerda. A alegação do petista é que a prefeitura não vem respondendo aos pedidos de informação dos vereadores. "É obrigação do prefeito responder as nossas indagações. Queremos saber o motivo dele não estar fazendo isso", alegou Pedro Patrus.Pedro Patrus justificou o requerimento pelo artigo 110 da lei orgânica do município, que considera infração politico-administrativa ato que impeça o andamento regular dos trabalhos da Câmara. .