Na quarta-feira, dia 15, a petista estará em João Pessoa para uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa na Paraíba. Na quinta, Dilma vai a Salvador para cerimônia de condecoração de título de Cidadã Baiana pela Assembleia Legislativa. E na sexta, a presidente afastada vai a Pernambuco para um ato público em defesa da democracia no Recife.
Ainda não há definição se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de algum dos atos com sua sucessora. Na sexta-feira passada, Lula participou na Avenida Paulista, em São Paulo, da primeira manifestação de caráter nacional contra o governo Temer, organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e realizada em pelo menos 24 Estados e no Distrito Federal.
Michel Temer, por sua vez, desistiu de uma viagem que faria amanhã a Arapiraca (AL) e Floresta (PE) para concentrar os esforços, nesta semana, e levar pessoalmente ao Congresso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece um teto para o gasto público.
A ideia é levar a proposta na quarta-feira. Temer também tenta costurar um acordo para a renegociação da dívida dos Estados e pretende reunir governadores para o anúncio ainda nesta semana. As duas medidas, entretanto, precisam ser finalizadas pela equipe econômica liderada por Henrique Meirelles.
Amanhã, o presidente em exercício vai ao Rio de Janeiro para uma visita ao Centro Olímpico. A agenda em Arapiraca previa uma cerimônia para a sanção da Medida Provisória com incentivos para pequenos agricultores.
Imbróglio
Por "medida de segurança", na última quinta-feira, Dilma desistiu de viajar em voo comercial entre Brasília e Campinas (SP), onde teve encontro com intelectuais e visitou as obras do projeto Sirius, de construção do acelerador de partículas.
Mesmo depois de o Palácio do Planalto ter editado um parecer restringindo alguns dos direitos da presidente em exercício, a presidente afastada pediu ao Gabinete de Segurança Institucional a aeronave. Diante da recusa, que foi baseada na decisão da assessoria jurídica da Casa Civil, Dilma pretendia ir a Campinas com sua equipe em voo comercial. No entanto, a presidente se viu obrigada a mudar de ideia e desistir do voo comercial, depois de verificar que não havia disponibilidade de passagens suficientes para toda a sua equipe.
Dilma tem protestado da decisão da Casa Civil do governo em exercício e chama a medida de "cerceamento". Ela, no entanto, tem reiterado que nada a impedirá de viajar pelo País..