Embora tenha evitado culpabilizar diretamente a presidente afastada Dilma Rousseff, afirmando que não cabe ao Tribunal fiscalizar a presidente da República, Dutra insinuou que, segundo a Constituição, a iniciativa seria da chefe do Executivo.
Para o secretário, as operações de crédito junto a bancos públicos condenadas em 2014 continuaram em 2015. Como o governo não pagou o que devia em janeiro e junho do ano passado, o pagamento da dívida apenas em dezembro, com um atraso de 11 meses, caracterizaria a pedalada.
"Há um prazo de seis meses para apuração e, segundo as portarias do próprio Ministério da Fazenda, no dia seguinte ao final do semestre, esse valor é devido e deve ser pago. A última vez que isso foi feito em relação ao Plano Safra da forma correta foi em 2012."
Dutra negou a alegação da defesa de que as operações foram feitas por gestões anteriores ao governo Dilma e que houve uma mudança de entendimento no TCU. "Não concordo que tenha havido operação de crédito de 2001 até os anos que começaram os atrasos sistemáticos aos bancos públicos. As operações de créditos começam quando há os atrasos significativos", defendeu.