Rimoli, que recebeu a empresa, criada em 2007, com um déficit no orçamento de R$ 94,8 milhões e dívidas a fornecedores de R$ 20 milhões, estava começado um trabalho de desaparelhamento na EBC e a revisão dos inúmeros cargos criados na empresa para acomodar apadrinhados dos governos petistas que levaram a aberrações como a existência de 11 gerentes deles próprios e 30 coordenadores sem coordenados e elevou o número de funcionários para mais de 2600. Rimoli também suspendeu, por 120 dias, para averiguação, sete contratos que somam quase R$ 3 milhões/ano.
No fim de semana o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, defendeu a extinção da EBC, alegando que a empresa se transformou num "cabide de emprego" e "foco de militância". O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por sua vez, defendeu "ampla reforma" na empresa e informou que determinou uma pente fino para avaliação a situação real dela.
As declarações dos ministros foram recebidas com "surpresa" na EBC e provocou reação dos servidores. O representante dos empregados no Conselho de administração da empresa, Edvaldo Cuaio, rechaçou a intenção do governo interino de acabar com a EBC. Cuaio, que reconhece que a empresa, no último ano, foi usada "fora da sua finalidade" e como "cabide" de empregos, declarou que os empregados não aceitam que a empresa seja usada como "massa de manobra" do governo de momento.