O comentário foi feito em resposta a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que criticou a atuação do TCU em relação às contas de Dilma.
Segundo Gleisi, a gestão orçamentária feita em 2015, com os decretos de suplementação, foi a mesma gestão orçamentária de 2009, quando se mandou a alteração da meta para o Congresso, que só foi aprovada em outubro. "Entre o envio da meta e a aprovação da meta, vários decretos de suplementação orçamentária foram feitos. O Tribunal de Contas da União não teve nenhuma restrição no seu relatório das contas de 2009 sobre isso. Então, eu pergunto: por que, nesse sentido, em 2015, o Tribunal fez todas essas restrições?", questionou Gleisi.
Apesar de dizer desconhecer o caso citado por Gleisi, o secretário disse que a decisão deve ter sido baseada em casos concretos de 2008, sem influência em casos posteriores. "Não conheço o caso de 2008 e não tenho como falar sobre ele. Agora, tenho certeza que em nenhum momento o Tribunal se manifestou sobre decretos de abertura de crédito em desacordo com a lei orçamentária", afirmou.
"Aí quando se manifesta já quer executar a presidenta", rebateu a senadora.
"O Tribunal não tem nenhum tipo de interesse de afastar uma presidente, essa atribuição não é de um auditor, não é nem mesmo do TCU. O máximo que o TCU possa fazer em relação aos atos da presidente são coisas muito específicas", respondeu o secretário.
"Ele (o TCU) pode fazer a emissão do parecer prévio como foi feito em 2014, embora tenha proposto a rejeição, ele não propôs por um ato específico, mas por um conjunto de atos.