Desde dezembro do ano passado, Elmar havia sido escolhido pelo grupo de Cunha para relatar os recursos que o representado havia protocolado na CCJ, mesmo durante o andamento do processo no Conselho de Ética. O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), havia decidido que Elmar não só continuaria na relatoria dos recursos, que já estão na comissão, como abarcaria os demais pedidos de Eduardo Cunha.
Elmar revelou ao
Broadcast Político
que foi informado sobre a intenção do grupo de Cunha de questionar a sua manutenção nesta função. O argumento que seria usado é que ele pertence a um partido que faz parte do mesmo bloco parlamentar liderado pelo PMDB de Cunha. Serraglio ainda não decidiu quem vai substituir Elmar.
"Ficaria muito desconfortável em fazer algo contra um companheiro de partido", justificou Elmar. O deputado disse ainda que votará pela cassação do peemedebista em plenário. Na manhã desta quarta-feira, Marcos Rogério lembrou que o novo foro de embate na Casa será a CCJ, onde Cunha terá um prazo de cinco dias úteis para impetrar os novos recursos.
Rogério explicou que a comissão só analisará eventuais erros formais de procedimentos do Conselho de Ética e não o mérito do pedido de cassação.
"Não dá para desfazer a decisão de mérito", afirmou.
A CCJ vem sofrendo mudanças de integrantes nos últimos dias, mas o relator no conselho acredita que as alterações não vão interferir no andamento do pedido de cassação.