Nessa terça-feira, 14, o conselho aprovou por 11 votos a 9 parecer pela cassação do peemedebista.
A partir do momento em que Cunha protocolar seu recurso, o pedido trancará a pauta da CCJ, pois o processo dele já ultrapassou o prazo limite de 90 dias para duração de um processo disciplinar no Conselho de Ética. O parecer pela cassação do peemedebista foi votado ontem no conselho após 225 dias de tramitação do processo.
O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), aliado de Cunha, deverá escolher um relator para o recurso. A pauta da CCJ ficará trancada até que o colegiado vote o parecer desse relator. No parecer, o relator não poderá alterar o mérito da decisão do conselho; só poderá apontar erros procedimentais do processo.
Cunha já anunciou que entrará com recurso na CCJ questionando o que chama de "nulidades irreparáveis" no processo. Caso ele apresente ainda nesta semana, a comissão ficará impossibilitada de analisar outras matérias, como a PEC que limita os gastos públicos. A proposta deve ser enviada nesta quarta-feira, 15, à Câmara.
A CCJ é o primeiro estágio de análise da PEC na Câmara.
A comissão especial terá até 40 sessões para concluir os trabalhos e votar a matéria. Esse prazo, contudo, depende de fatores políticos. A PEC que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), por exemplo, passou mais de seis meses parada em uma comissão especial da Câmara.
Mesmo com a possibilidade de atrasos, a expectativa do líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), é votar a PEC que limita os gastos públicos no plenário até o final de julho, antes do início da campanha eleitoral municipal, quando as atividades na Casa diminuem de ritmo..