Segundo o ministro relator do processo no TCU, José Múcio, a estatal responsável pelos aeroportos públicos federais reteve R$ 518 milhões em 2015 para quitação de suas dívidas, quando esse recurso deveria, por lei, ser repassado diretamente ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
Múcio disse que o caso será estudado em profundidade, em um processo específico.
A transação integra a lista de 24 irregularidades graves que técnicos do TCU e o Ministério Público junto ao tribunal apontaram em análise das contas do governo de 2015. O órgão também acusa um calote de R$ 89,7 milhões no repasse do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores (DPVAT), destinado ao Fundo Nacional de Saúde.
Apesar de abrir prazo para que a presidente afastada Dilma Rousseff tente justificar cada um dos apontamentos, e só então apresentar seu voto conclusivo, o ministro José Múcio deixou clara a sua posição de reprovação das contas.
Segundo Múcio, a gestão de 2015 repete irregularidades cometidas em 2014, as quais justificaram a reprovação, por unanimidade, das contas do governo. O tema é acompanhado com lupa pelo Congresso Nacional porque, basicamente, são os argumentos usados para embasar o processo de impeachment de Dilma..