"Estamos estudando um novo pedido de impeachment, mas preferimos só tomar uma providência quando as provas forem apresentadas", disse Florense ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado. Para o líder, as acusações feitas por Machado são graves. Ele argumenta, porém, que o PT não fará o mesmo que o PMDB e outros partidos articuladores do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff fizeram: apresentar um pedido de impeachment sem provas.
Atualmente, já tramita na Câmara outro pedido de impeachment de Temer, sob acusação de que ele cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso (mesmo argumento usado para embasar o impeachment de Dilma). O processo foi aberto na Casa por ordem do Supremo Tribunal Federal, mas a comissão que analisará a representação não foi instalada, pois líderes aliados de Temer se recusam a indicar seus representantes.
O líder do PT na Câmara descartou uma possível solicitação de aditamento das denúncias feitas por Machado na delação a esse primeiro pedido de impeachment. "Não são fatos correlatos", disse. Florense afirmou que, para o partido, Temer e Dilma não cometeram crime de responsabilidade com os decretos. Mesmo assim, o PT vai aumentar a cobrança pública para que os líderes indiquem membros para comissão, em uma forma de pressão política contra Temer.
Como mostrou mais cedo o Broadcast Político, o PSOL também deve apresentar um novo pedido de impeachment contra Temer com base na delação premiada de Sérgio Machado.