Em delação no âmbito da Operação Lava Jato tornada pública na quarta-feira, 15, o ex-presidente da Transpetro afirmou que Vaccarezza o teria procurado para pedir ajuda financeira para sua campanha a deputado em 2010. Machado disse que teria repassado cerca de R$ 500 mil, arrecadados de forma ilegal, ao ex-deputado por meio de uma doação oficial ao diretório do PT de São Paulo.
Vaccarezza afirmou que não recebeu nenhum repasse do diretório estadual do PT e que isso pode ser comprovado em sua prestação de contas aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na prestação divulgada no site da corte eleitoral, não há, de fato, repasses do diretório estadual petista. Aparece apenas que o ex-deputado federal recebeu repasses do diretório nacional do PT.
O ex-parlamentar lembrou que, diferente do PT, sempre defendeu financiamento empresarial de campanha. Ele sustenta que nunca precisou de intermediários para conseguir doações, pois sempre teve relação com empresários. Apesar de ter recebido doação de empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como a UTC e a Camargo Corrêa, ele diz que todas suas doações foram legais. "Nunca fiz caixa dois", afirma.
Vaccarezza declarou ainda que nunca conversou com Sérgio Machado sobre pedido de doações.
O ex-deputado classificou como "muito esquisita" a delação de Machado. "Ele fala em propina de R$ 2 bilhões, mas só vai devolver R$ 75 milhões", afirmou Vaccarezza em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara. Antes da entrevista, ele encontrou com o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). "Fui apenas pedir autorização para dar a entrevista", disse..