Rio, 18 - O Comitê Rio-2016, responsável por organizar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, garantiu que o estado de calamidade pública decretado pelo governo não causará impacto na organização do evento. "Não afeta em absolutamente nada", afirmou o diretor de Comunicação do Rio-2016, Mario Andrada. "Primeiro, porque a gente já sabia que o Estado estava quebrado. Segundo, porque os recursos por meio de incentivo (renúncia fiscal) já foram garantidos."
No decreto que institui o estado de calamidade, a Olimpíada é citada em três das oito justificativas. A grave crise financeira do Estado "vem impedindo o Estado de honrar com os seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016", expõe o texto assinado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), 49 dias antes do início dos jogos.
O decreto afirma ainda que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos "possuem importância e repercussão mundial" e "qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do País de dificílima recuperação".
Se não afeta em termos de organização, o decreto prejudica ainda mais a imagem do Rio às vésperas da Olimpíada. Tão logo o governo decretou estado de calamidade, o Comitê Rio-2016 começou a ser consultado por jornalistas de diversos países sobre os eventuais efeitos da medida sobre o evento.
Paes. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que o estado de calamidade "em nada atrasa as entregas olímpicas e os compromissos assumidos no Rio". Ele usou o Twitter para comentar o decreto de Dornelles. De acordo com o prefeito, "a posição da prefeitura é de absoluto conforto fiscal e financeiro".
Paes destacou ainda que a prefeitura é a responsável pela entrega de todas as arenas em que ocorrerão os Jogos Olímpicos e todas as obras do legado, "tirando o metrô". "Quero renovar aqui a confiança de que realizaremos jogos excepcionais", encerrou o prefeito. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.