O governo de Minas Gerais ainda não sabe se vai voltar a pagar o salário de todo o funcionalismo até o quinto dia útil do mês a partir da folha de julho – paga em agosto. A previsão inicial era que até a folha deste mês – que é paga em julho –, os servidores recebessem de forma escalonada: até R$ 3 mil líquidos, dia 7; entre R$ 3.001 e R$ 6 mil, nos dias 7 e 13; e acima de R$ 6 mil, nos dias 7, 13 e 18.
Na semana que vem, representantes dos sindicatos da categoria e do governo têm reunião para discutir a reivindicação de reajuste salarial e a possibilidade de manter o escalonamento dos salários por mais um período. A proposta a ser apresentada aos sindicatos vai depender da renegociação da dívida com a União (atualmente calculada em R$ 79 bilhões) e do fluxo de caixa dos primeiros quatro meses deste ano.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindipúblicos), Geraldo Henrique, evitou comentar sobre a questão antes do encontro da semana que vem, mas alertou que “ninguém está mais aceitando o parcelamento, não dá para suportar mais”. O sindicalistas argumenta ainda que com exceção dos professores e dos policiais militares (que receberam reajuste no ano passado), as demais categorias estão desde 2014 com o mesmo salário.
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que só vai se manifestar sobre o assunto depois da reunião com os sindicatos.