A biografia do político mineiro José Aparecido de Oliveira será lançada nesta quinta-feira, na Casa de Cultura de Conceição do Mato Dentro, região Central de Minas. Organizado pelo jornalista Petrônio Souza Gonçalves, o livro perpassa em 200 páginas com amplo material fotográfico por toda trajetória de José Aparecido de Oliveira, desde a infância no interior de Minas até a criação da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estruturada quando Aparecido foi embaixador do Brasil em Portugal. A edição teve o apoio cultural da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração – CBMM.
José Aparecido costumava dizer que um povo sem cultura é como um corpo sem alma. Ele foi o primeiro secretário de Cultura de Minas Gerais, no governo de Tancredo Neves, e o primeiro ministro da Cultura do país, no governo de José Sarney. Quando governador de Brasília, retomou o projeto original de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e foi o responsável pelo tombamento da capital federal pela UNESCO, sendo Brasília a primeira cidade criada e tombada no mesmo século em todo o mundo. José Aparecido foi conhecido em vida como o ‘Zé de todos os amigos’.
O livro além de depoimentos traz artigos assinados por pessoas ligadas a Aparecido durante toda a vida, como Oscar Niemeyer, Ziraldo, Mauro Santayana, Sebastião Nery, José Maria Rabelo, Aristóteles Drummond, entre muitos outros amigos de José Aparecido de Oliveira. Fatos da vida particular de José Aparecido, até então desconhecidos, também são abordados e revelados no livro.
Itamar
Foi de Aparecido o argumento final para Itamar Franco aceitar ser vice de Collor, quando desejava mesmo ser vice de Brizola. Esta e outras histórias estão contadas em detalhes. Outro fato narrado na obra foi o encontro de Zé Aparecido com colunista Antonio Maria, que todos os dias falava mal de Aparecido em sua coluna.Zé Aparecido se recusou a cumprimentar Antônio Maria, dizendo que o colunista falava mal dele sem o conhecer. Antonio não perdeu a piada e disse: “É por isso mesmo que falo mal, pois se eu o conhecesse, seríamos amigos e eu só falaria bem de você”. Os dois se tornaram amigos da vida inteira, sendo a amizade com Maria compartilhada por toda família de Aparecido.