"Enquanto eu for presidente do Senado, não vai acontecer. Evidentemente que essa matéria precisa ser aperfeiçoada, mas eu não vou me desbordar do meu papel. Não vamos aprimorar a Lei de Delação por um canetaço do presidente do Senado", afirmou.
Nas gravações da delação premiada em que é flagrado em conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, Renan aparece defendendo modificações na lei. A opinião era pública e já conhecida. Nessa semana, entretanto, foi levantada a hipótese de que Renan poderia dar celeridade a projetos que tramitam no Senado nessa direção.
O peemedebista negou veementemente e disse nem sequer conhece os projetos que correm no Congresso com o intuito de modificar a Lei de Delações. Por outro lado, Renan apontou vários pontos que acredita que precisam ser revistos.
"Será que é correto alguém que desviou milhões dos cofres públicos fazer uma delação e receber como prêmio a oportunidade de salvar uma parte desses recursos desviados? Será que a Procuradoria-Geral da República não deve postular a volta desses recursos para o Tesouro?", sugeriu.
Renan também citou o exemplo dos Estados Unidos, onde delações que têm o conteúdo vazado pela imprensa são anuladas. De acordo com fontes, esse seria um dos pontos que Renan gostaria de incluir em um projeto de modificação da lei.
O presidente do Senado argumentou que sua sugestão não tem qualquer relação com o aprofundamento da investigação da Operação Lava Jato e que esse é um caso superado. As modificações seriam para situações futuras..