Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde desta terça-feira (21), deputados estaduais e movimentos sociais cobraram de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) repasses para a retomada das obras de duplicação de BR-381, no trecho entre BH e Governador Valadares. A maior parte da obra está paralisada e sem data para ser retomada. O único trecho em obra está em ritmo lento e sofre com a falta de recursos.
A maior preocupação é em concluir obras em dois trechos que já foram iniciados: no lote 7, entre o trevo de Caeté e o município de Nova União, e as ligações para os túneis que já foram feitos próximos aos municípios de Jaguaraçu e Nova Era. Segundo integrantes do movimento Nova 381 são necessários mais R$ 170 milhões para o asfaltamento dos trechos já terraplenados no lote 7.
“A suplementação de verbas para se finalizar esse trecho é fundamental para que não sejam desperdiçados recursos públicos. Até agora foram gastos R$ 300 milhões com a obra, mas os motoristas ainda não tiveram qualquer melhoria”, explicou Luciano Araújo, presidente da FIEM do Vale do Aço e coordenador do Nova 381. Segundo ele, a verba pode ser usada para o asfaltamento de 20 quilômetros da rodovia na Região Metropolitana de BH, o que melhoraria o fluxo em alguns pontos da BR.
Representantes do DNIT, no entanto, não falam em novos prazos ou metas para a retomada das obras. Termos como “corrigir falhas” e “reavaliar etapas que não deram certo” foram usados para justificar problemas na duplicação.
Segundo o superintendente do DNIT em Minas Gerais, Fabiano Martins Cunha, algumas empresas que assumiram obras importantes da duplicação não arcaram com seus compromissos e acabaram se tornando um problema nos cronogramas da obra. “O momento agora é avaliar quais serão as mudanças necessárias no projeto para retomar as obras no ritmo necessário. As empresas que não cumpriram (os contratos) serão punidas. Mas isso não cabe ao DNIT e sim à Justiça”, explicou Fabiano.
O deputado estadual Wander Borges (PSB) afirmou que a demora em traçar um plano para a obra cria um sentimento de abandono para os moradores que assistiram ao início da duplicação há dois anos. “Qual o horizonte dessa obra? As ações na Rodovia da Morte estão paradas e temos túneis que ligam nada a lugar nenhum. Os repasses não estão sendo autorizados e estamos perdendo serviços que já foram feitos”, criticou Borges.
“Infelizmente não temos empregos para todos em Caeté, ou universidades para todos, e precisamos da estrada para chegar nas cidades vizinhas. Em períodos eleitorais vemos vários deputados falar sobre a duplicação, mas a cobrança tem que ser feita sempre, de forma constante, para que a obra avance. Será que nossos representantes têm força política ou interesse nessa duplicação? Estamos cada vez mais descrentes”, lamentou Ione.
A maior preocupação é em concluir obras em dois trechos que já foram iniciados: no lote 7, entre o trevo de Caeté e o município de Nova União, e as ligações para os túneis que já foram feitos próximos aos municípios de Jaguaraçu e Nova Era. Segundo integrantes do movimento Nova 381 são necessários mais R$ 170 milhões para o asfaltamento dos trechos já terraplenados no lote 7.
“A suplementação de verbas para se finalizar esse trecho é fundamental para que não sejam desperdiçados recursos públicos. Até agora foram gastos R$ 300 milhões com a obra, mas os motoristas ainda não tiveram qualquer melhoria”, explicou Luciano Araújo, presidente da FIEM do Vale do Aço e coordenador do Nova 381. Segundo ele, a verba pode ser usada para o asfaltamento de 20 quilômetros da rodovia na Região Metropolitana de BH, o que melhoraria o fluxo em alguns pontos da BR.
Representantes do DNIT, no entanto, não falam em novos prazos ou metas para a retomada das obras. Termos como “corrigir falhas” e “reavaliar etapas que não deram certo” foram usados para justificar problemas na duplicação.
Segundo o superintendente do DNIT em Minas Gerais, Fabiano Martins Cunha, algumas empresas que assumiram obras importantes da duplicação não arcaram com seus compromissos e acabaram se tornando um problema nos cronogramas da obra. “O momento agora é avaliar quais serão as mudanças necessárias no projeto para retomar as obras no ritmo necessário. As empresas que não cumpriram (os contratos) serão punidas. Mas isso não cabe ao DNIT e sim à Justiça”, explicou Fabiano.
O deputado estadual Wander Borges (PSB) afirmou que a demora em traçar um plano para a obra cria um sentimento de abandono para os moradores que assistiram ao início da duplicação há dois anos. “Qual o horizonte dessa obra? As ações na Rodovia da Morte estão paradas e temos túneis que ligam nada a lugar nenhum. Os repasses não estão sendo autorizados e estamos perdendo serviços que já foram feitos”, criticou Borges.
Cobrança e descrença
Vários moradores vizinhos da rodovia participaram da audiência e cobraram uma posição mais clara do DNIT sobre o futuro da obra. “Não sei se existe alguma vontade política real para se fazer essa duplicação. Depois de muitas décadas de promessas, a obra finalmente começou, mas de forma abrupta ela está voltando à estaca zero”, reclamou Ione Gonçalves, 43 anos, moradora de Caeté e que teve um familiar morto em acidente na Rodovia da Morte em 2013, quando um caminhão sem freio se chocou com uma van que levava universitários.“Infelizmente não temos empregos para todos em Caeté, ou universidades para todos, e precisamos da estrada para chegar nas cidades vizinhas. Em períodos eleitorais vemos vários deputados falar sobre a duplicação, mas a cobrança tem que ser feita sempre, de forma constante, para que a obra avance. Será que nossos representantes têm força política ou interesse nessa duplicação? Estamos cada vez mais descrentes”, lamentou Ione.