No encontro, segundo a Procuradoria-Geral da República, os seis discutiram "a necessidade de concluir as investigações da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relatório 'genérico' sem a responsabilização das pessoas".
Sérgio Guerra morreu em 2010.
Na denúncia, Janot afirma que Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que os demais parlamentares do PSDB, partido presidido por ele na época e então de oposição ao Governo, não aprofundassem as investigações. De acordo com o procurador, Eduardo da Fonte "tinha conhecimento do esquema criminoso instalado na Petrobras e interesse na sua manutenção, por isso participou de toda a negociação para a solicitação e o acerto da propina".
O deputado era do PP, partido responsável pela indicação e manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor e beneficiário de contratos firmados por essa Diretoria.
"Como de praxe em situações dessa natureza, a conversa se deu, em muitas passagens, em termos velados, isto é, não se dizia diretamente palavras como 'propina' nem 'vantagem indevida'. Todavia, a simples realização da reunião (...) não deixa dúvidas da ilicitude do que ali se tratava", aponta a denúncia.
Na conversa com seus interlocutores, Guerra disse que não concordava com a Comissão Parlamentar de Inquérito. "Eu tenho horror a CPI (...). Fazer papel de Polícia, parlamentar fazendo papel de Polícia", afirmou..