Bernardo foi preso na manhã desta quinta-feira, alvo central da Custo Brasil - decorrência das descobertas da Lava Jato, em Curitiba. O operador das propinas arrecadadas com a Consist, o ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho, confessou em delação premiada que havia propinas para o PT, para Bernardo, para o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência e Aviação Civil), entre outros.
O delegado regional de Combate e Investigação contra o Crime Organizado da Polícia Federal, em São Paulo, Rodrigo de Campos Costa explicou que Bernardo tinha direito a 9,6% do valor de 70% do contrato da Consist - que era destinado à corrupção. Pelo acerto, alvo da Custo Brasil, a empresa ficava com apenas 30% dos recebimentos.
Segundo o procurador da República Andrey Borges, depois que Bernardo saiu do Ministério do Planejamento e assumiu o Ministério das Comunicações, seu porcentual no bolo da propina caiu para 4,5%, até chegar a 2%.
Defesa
O advogado do ex-ministro Paulo Bernardo, Rodrigo Mudrovitsch, disse que ainda não teve acesso aos documentos que embasaram a prisão, mas adiantou que não vê motivos para a medida. "Desde o início das investigações, ele se colocou totalmente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos", afirmou.
Paulo Bernardo está em casa, em Brasília, e deverá ser transferido nesta quinta-feira de avião da PF para São Paulo..