Temer disse ainda que o apoio dado pelo governo tem que ser apenas "verbal", pois caso ele colocasse o executivo trabalhando "nesta matéria estaria invadindo uma competência que na verdade é do Judiciário de um lado e do Ministério Público de outro lado, com apoio da Polícia Federal". "Então, pelo princípio da separação de atividades governamentais, o Executivo não deve participar desta matéria", afirmou.
Questionado sobre o atraso do calendário do impeachment em mais ou menos uma semana e se isso afetaria o seu governo em exercício, Temer diz que tem trabalhado como presidente definitivo. "A essa altura não está em pauta quem dirige o país, mas o destino do povo brasileiro, que não pode ficar paralisado", afirmou. Ontem, a Comissão Especial do Impeachment aprovou novo calendário de trabalho e a previsão é que o julgamento final deve acontecer até 26 de agosto.
Temer disse ainda que em apenas "40 dias de presidência" seu governo tem produzido "feitos extraordinários". "Basta verificar o grande apoio que temos no Congresso Nacional em primeiro lugar", disse.
O presidente destacou a proposta do teto dos gastos e sua extensão também aos Estados e ressaltou que a negociação das dívidas destes é um "grande acordo federativo". "Porque afinal nós precisamos garantir a sobrevivência dos Estados", concluiu.
Temer chegou a dizer que a proposta da dívida dos Estados seria estendida aos municípios, mas depois sua assessoria de imprensa esclareceu que ele não se comprometeu com a proposta..