Segundo o ministro, as doações serão de medicamentos básicos, como os usados para combater diarreia infantil, hipertensão e inflamações. A ideia, disse ele, é restringir a gama de remédios e aumentar a quantidade. Ele, porém, considerou "praticamente impossível" doar alimentos ao país vizinho.
Serra considerou positiva a visita do subsecretário para Assuntos Políticos da chancelaria norte-americana, Thomas Shannon, para tentar um entendimento entre o governo e a oposição da Venezuela. "Todo tipo de diálogo direto nesse momento interessa."
Ele voltou a atacar o quadro político venezuelano. "Existe violência política, na medida em que há gente presa por motivos políticos. Portanto, a democracia não está funcionando bem.
Pela segunda vez desde o início do governo interino de Michel Temer, o embaixador da Venezuela no Brasil, Alberto Castellar, não compareceu à cerimônia de entrega de credenciais. "Ele voltou à Venezuela", disse Serra, minimizando o fato. "Eles disseram que não foi por motivos políticos e diplomáticos."
Quando Temer assumiu, o governo venezuelano divulgou que o presidente Nicolás Maduro havia chamado o embaixador de volta ao país, o que na ritualística diplomática serve para expressar descontentamento. Na época, a Venezuela também emitiu nota criticando o afastamento da presidente Dilma Rousseff e classificando o fato como "golpe".