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Estado de Minas

Bolsonaro agora diz que virou réu no STF porque adversários têm medo dele em 2018

Inicialmente, o deputado pediu "humildemente" ao Supremo que não o condene. Em novo vídeo, insinuou que será julgado por ser pré-candidato a presidente


postado em 24/06/2016 09:35 / atualizado em 24/06/2016 11:59

Bolsonaro virou réu no STF por incitação ao estupro(foto: Wilson Dias/ Agência Brasil )
Bolsonaro virou réu no STF por incitação ao estupro (foto: Wilson Dias/ Agência Brasil )
Depois de apelar para a humildade para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o livre da condenação por incitação ao crime de estupro e injúria, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) retomou sua estratégia habitual de partir para o ataque.

O parlamentar publicou vídeo em sua página na noite desta quinta-feira em que creditou ao “jogo de poder” as acusações que pesam contra ele e deu a entender que os adversários temem seu desempenho na disputa presidencial em 2018.

 “O que está em jogo é o jogo do poder. Nós começamos a importunar, nós estamos crescendo em cima de verdades. E querem arranjar uma maneira de me tornar inelegível ou até mesmo caçar o meu mandato”, afirmou a seus eleitores.

Bolsonaro virou réu em ação movida pela Procuradoria-Geral da República por ter dito à deputada Maria do Rosário (PT-RS) que ela “não merecia ser estuprada” porque era “feia”. Afirmou ainda que ela não fazia o tipo dele. A discussão ocorreu no fim de 2014 no salão verde da Câmara e a queixa-crime feita pela deputaada foi aceita pelo STF.

Inelegível


Bolsonaro disse ainda não saber o que vai ocorrer. “Vou me defender, mas essa mesma turma, oportunamente, vai me julgar e, se me julgar antes de 2018, sim, corro o risco de uma forma ou de outra de me tornar inelegível”, afirmou.

O polêmico deputado disse que seu caso estava “parado” e “sem muita importância”, mas foi avaliado pelo STF porque o ministro Luiz Fux foi procurado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos. Bolsonaro reafirmou que sua discussão com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi por causa do mandato, já que era sobre o projeto de redução da maioridade penal.

Cassação


Esta não foi a única vez que Bolsonaro teve problemas por causa de sua língua afiada. Na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados, o deputado aproveitou seu espaço de fala para homenagear o torturador da ditadura, coronel Brilhante Ustra, dizendo que ele era o terror da petista. O discurso causou revolta e a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro acionou a Câmara dos Deputados para pedir sua cassação.


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