O parlamentar publicou vídeo em sua página na noite desta quinta-feira em que creditou ao “jogo de poder” as acusações que pesam contra ele e deu a entender que os adversários temem seu desempenho na disputa presidencial em 2018.
“O que está em jogo é o jogo do poder. Nós começamos a importunar, nós estamos crescendo em cima de verdades. E querem arranjar uma maneira de me tornar inelegível ou até mesmo caçar o meu mandato”, afirmou a seus eleitores.
Bolsonaro virou réu em ação movida pela Procuradoria-Geral da República por ter dito à deputada Maria do Rosário (PT-RS) que ela “não merecia ser estuprada” porque era “feia”. Afirmou ainda que ela não fazia o tipo dele. A discussão ocorreu no fim de 2014 no salão verde da Câmara e a queixa-crime feita pela deputaada foi aceita pelo STF.
Inelegível
Bolsonaro disse ainda não saber o que vai ocorrer. “Vou me defender, mas essa mesma turma, oportunamente, vai me julgar e, se me julgar antes de 2018, sim, corro o risco de uma forma ou de outra de me tornar inelegível”, afirmou.
O polêmico deputado disse que seu caso estava “parado” e “sem muita importância”, mas foi avaliado pelo STF porque o ministro Luiz Fux foi procurado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos. Bolsonaro reafirmou que sua discussão com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi por causa do mandato, já que era sobre o projeto de redução da maioridade penal.
Cassação
Esta não foi a única vez que Bolsonaro teve problemas por causa de sua língua afiada. Na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados, o deputado aproveitou seu espaço de fala para homenagear o torturador da ditadura, coronel Brilhante Ustra, dizendo que ele era o terror da petista. O discurso causou revolta e a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro acionou a Câmara dos Deputados para pedir sua cassação.